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Quando as pessoas descem dos ônibus na avenida Historiador Raimundo Girão, no ponto que fica na altura do prédio do antigo Hotel São Pedro e caminham em direção à Praia dos Crush, elas passam por uma igreja, um supermercado, uma pousada e se veem de frente a uma enorme parede vermelha. Andam um pouco mais, atravessam o Largo Luís Assunção ou, podem andar na calçada de um prédio com portas de madeira, pintado com diversas cores nas paredes e, dependendo do dia e horário, se deparam com uma vaca criada para homenagear o artista Belchior.
Sim, aquele mesmo que tinha o coração selvagem e ainda era um sujeito de sorte. Existem algumas árvores, pessoas sentadas na mesma calçada, carrinhos de ambulantes (num deles a simpática Elba) e uma vista perfeita para o oceano Atlântico (talvez a melhor da cidade). Nesse momento, se fosse um vídeo ao invés de um texto, poderíamos apertar a tecla do modo reverso e, voltando, olhar atentamente para o prédio com as portas de madeira. Em câmera lenta, chegaríamos até a sua parte frontal e no alto da parede veríamos estampado o seu nome e uma simpática frase para defini-lo: Centro Cultural Belchior – A Casa de Praia da Música.
Esse espaço, localizado na Praia de Iracema, foi inaugurado em 18 de maio de 2017. Em 2020, tenta ser o lugar onde a música e as pessoas da música se encontram e compartilham estéticas, narrativas contemporâneas, pensamentos e intenções das mais diversas. Equipamento da Prefeitura de Fortaleza gerido em parceria com o Instituto Cultural Iracema, visa dar espaço e apoio à essa cena musical, ampliando em diversos momentos seu campo de atuação para as outras artes. A ideia é pensar constantemente o lugar do artista Belchior e seu legado no século XXI, a relação com a praia, o bairro e com a diversidade da cena musical.
A música do século XXI é marcada por uma enorme possibilidade de estilos e gêneros, pela mistura com outras artes e por forte discurso afirmativo das mais diversas identidades. Nesse sentido, o CCBel promove e fortalece tais encontros, seja através de sua programação regular, seja apoiando eventos e atividades desenvolvidas a partir do circuito de música de Fortaleza, conectando-o a outros circuitos, outras artes e possibilidades.
Enquanto lugar de encontros, o CCBel mudou nos últimos tempos, como tem mudado a vida do bairro em que ele está inserido. Mudou o lugar, o bairro… mudou a cidade, a música da cidade e as artes. E nesse fluxo de mudanças permanentes, segue tentando contribuir para fazer da política cultural que o permeia, uma ação constante de transformações e significados.
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